Neste Dia das Crianças, celebremos a criança e o místico que nunca deixou de ser, pois ele é a poesia que nos mantém eternamente jovens, eternamente mágicos.
O Orvalho da Manhã
Vejam este retrato: eu em outubro de 1988, um sorriso exagerado posando para foto. Aquele sorriso é um poema, um hino ao mistério do ser. A pureza e a inocência são a canção silenciosa que o universo canta em nosso ouvido quando o mundo ainda é jovem para nós. Como orvalho da manhã, essas qualidades etéreas nos fazem delicadamente sensíveis ao sussurro do invisível.
O Véu Entre o Visível e o Invisível
Ser sensível é ser o instrumento afinado nas mãos do divino, pronto para tocar a melodia da existência que flutua entre o visível e o invisível. A sensibilidade nos faz os poetas não ditos, os artistas da aura, os tradutores da linguagem cósmica. É a lente cristalina através da qual enxergamos as cores que o olho comum não vê, sentimos as vibrações que a pele comum não toca.
O Menino, a Forquilha de Goiabeira e os Poços de Água
Lembro-me quando eu tinha sete anos, e o universo conversou comigo através de um vizinho idoso, guardião das sabedorias antigas. Ele viu em mim o alquimista em formação, e disse: “Você, menino, pode conversar com a Terra e ela lhe dirá onde esconde suas lágrimas.” Com uma forquilha de goiabeira, eu passeava pelos pastos como um peregrino em busca do sagrado. Eu encontrava as veias ocultas da Terra, e ali, poços foram cavados. Esses poços, até hoje, fornecem a água que sacia a sede da terra e dos homens.
O Eterno Retorno ao Jardim Místico
Essa experiência foi minha iniciação, meu batismo nas águas da sensibilidade e da conexão cósmica. Neste Dia das Crianças, convido você a fechar os olhos e visitar o jardim místico de sua própria infância. Lá, a criança que você foi lhe oferecerá uma flor, a mesma que nunca deve murchar, a flor da pureza e da inocência. Cuide dela, pois é ela que faz a magia continuar a existir em cada batida de nosso coração adulto.
🌟✨🌙 Feliz Dia das Crianças, almas estelares! 🌙✨🌟
