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Neste post você vai conhecer alguns dos cristais que compõem essa seleção especial.

Vanadinita do Marrocos

A Vanadinita é formada em condições oxidantes como um mineral secundário em depósitos de minério de chumbo, geralmente associada a galena e outros minerais de oxidação. A Mina ACF, em Mibladen, é um dos depósitos mais importantes do mundo para Vanadinita de alta qualidade. Os depósitos em Mibladen são famosos por sua combinação de minerais formados em ambientes de oxidação intensa, com condições ideais para o crescimento de cristais de Vanadinita.

A Vanadinita é um clorovanadato de chumbo secundário. É quimicamente relacionada a outros minerais estruturalmente mais complexos, mas quimicamente similares, como Erikjonssonita, Hereroíta, Janchevita e Kombatita. Quase sempre é encontrada na zona de oxidação de depósitos de chumbo em climas áridos, resultando da alteração de sulfetos contendo vanádio e silicatos presentes nas rochas de ganga e nas rochas de parede.

Foi descoberta pela primeira vez por Andrés Manuel del Río, professor da Escola de Minas do México, em Zimapán, antes do elemento vanádio ser descoberto em 1830.

A Vanadinita em Mibladen geralmente ocorre sobre uma matriz de Barita (sulfato de bário), criando exemplares visivelmente impressionantes. Fatores especiais influenciam a qualidade dos cristais desta região:

  • A concentração de Vanádio, Cloro e Chumbo na solução determina a pureza e a cor dos cristais.
  • Em regiões áridas, a evaporação rápida promove a formação de cristais maiores e mais bem definidos.
  • Temperaturas relativamente baixas, entre 25°C e 40°C, características de processos de oxidação superficial.

São dois exemplares de Vanadinita provenientes da Mina ACF, em Mibladen, Marrocos, os exemplos mais belos e representativos deste mineral. Suas características únicas, como a coloração vibrante e os cristais perfeitamente formados, fazem dela uma peça indispensável para colecionadores e amantes de minerais. Além disso, sua conexão com o ambiente geológico de Mibladen destaca a riqueza mineralógica do Marrocos no cenário global.

Fluorita Roxa

A qualidade excepcional de dois exemplares de Fluorita Roxa proveniente da Elmwood Mine, localizada em Carthage, Smith County, Tennessee, EUA. Essa mina é uma das fontes mais renomadas de Fluorita Roxa no mundo.

Descoberta em 1969, a mina de Zinco pertencente à Jersey Minière Zinc Co. Em 2010, a empresa Nyrstar reabriu as minas de zinco na área de Carthage, Tennessee, que inclui as minas Elmwood, Gordonsville e Cumberland. A Elmwood foi operada através do poço 3 da Gordonsville. O primeiro minério da Elmwood foi extraído em novembro de 2010. Foi fechada em 31 de dezembro de 2023.

A Fluorita ocorre principalmente como mineral preenchendo poros em rochas carbonáticas (calcários e dolomitos), em veios hidrotermais de baixa temperatura associados a minérios de Chumbo e Prata, e ocasionalmente como mineral acessório em pegmatitos e granitos.

O nome “Fluorita” vem do latim fluere (“fluir”), em referência à sua capacidade de derreter facilmente. É amplamente usada como fluxo na fundição de minérios metálicos, removendo impurezas no processo de refino de metais como aço, alumínio, chumbo e antimônio. Além disso, é empregada na fabricação de vidro, esmalte e porcelana.

A Fluorita é a principal fonte de flúor, essencial na produção de ácido fluorídrico, combustíveis de alta octanagem, displays de painel e semicondutores. Durante a Segunda Guerra Mundial, o flúor foi usado em larga escala no enriquecimento de urânio para o Projeto Manhattan, o que levou à criação de bombas atômicas e ao uso de energia nuclear.

Cristais puros de fluorita são incolores, e as muitas cores que exibem são devidas a pequenas impurezas na composição química. Impurezas metálicas conferem a coloração roxa:

  • Íons de Ferro (Fe²⁺/Fe³⁺): causam a absorção seletiva de luz, gerando a coloração roxa. A intensidade e tonalidade da cor dependem da concentração de ferro.
  • Íons de Manganês (Mn²⁺): contribui para a coloração roxa em minerais.
  • Ítrio (Y) e Cério (Ce): elementos terras-raras (REEs) podem estar presentes em pequenas concentrações na Fluorita, afetando sua coloração. Esses elementos podem amplificar a tonalidade roxa ou criar padrões de zonamento de cores.

Crocoíta da Mina Adelaide na Tasmania

A Crocoíta é um mineral extraordinário, tanto por sua beleza quanto por sua raridade. São considerados tesouros no mundo da mineralogia, atraindo olhares de colecionadores e entusiastas em busca de peças únicas e impactantes.

A Mina Adelaide, no campo mineral de Dundas, distrito de mineração de Zeehan, município da Costa Oeste, Tasmânia, Austrália é uma mina subterrânea de prata e chumbo, atualmente operada como uma mina de espécimes de Crocoíta, sendo provavelmente a principal fonte deste mineral no mundo.

A Crocoíta se forma em depósitos de oxidação de minério de chumbo em condições específicas, onde o cromo está presente no ambiente geológico. Sua formação é bastante rara, tornando-a um mineral muito valorizado. O nome “Crocoíta” deriva do grego krokos, que significa “açafrão”, em referência à sua cor vibrante.

A formação da Crocoíta ocorre em zonas de oxidação de minérios de chumbo, onde condições muito específicas de química e geologia permitem o desenvolvimento de seus cristais únicos:

  • A rocha ultramáfica hospedeira, como serpentinitos, é frequentemente rica em cromo e serve como fonte para este elemento essencial. Essas rochas são alteradas por processos hidrotermais e de intemperismo.
  • A presença de minerais de chumbo, como Galena (PbS), é fundamental para o fornecimento de chumbo necessário à composição química da Crocoíta.
  • O intemperismo profundo das rochas ricas em Galena e Cromo cria uma zona de oxidação onde a Crocoíta pode se formar.
  • Os gossans, que são depósitos ferruginosos formados no topo das zonas de oxidação, frequentemente contêm cristais de Crocoíta.
  • Sob condições específicas de pH e presença de água, o cromato de chumbo (PbCrO₄) cristaliza, formando os cristais prismáticos típicos da Crocoíta.

Apofilita com Cavansita e Pentagonita

Este exemplar excepcional combina quatro minerais de rara beleza e importância mineralógica: Apofilita, Estilbita, Cavansita e Pentagonita. Proveniente das famosas Pedreiras de Wagholi, na Índia, este espécime é um verdadeiro testemunho da diversidade e riqueza geológica da região.

As Pedreiras de Wagholi, localizadas no Distrito de Pune, em Maharashtra, Índia, são renomadas por suas formações de minerais zeolíticos de classe mundial. Essas cavidades geológicas em basaltos, formadas por atividade vulcânica há milhões de anos, oferecem o ambiente perfeito para o crescimento simultâneo de Apofilita, Cavansita e Pentagonita.

O nome “Cavansita” deriva de sua composição química:

  • Ca: Cálcio
  • V: Vanádio
  • Si: Silício

A Cavansita, Ca(VO)(Si₄O₁₀)·4H₂O, forma-se em cavidades de rochas basálticas por processos hidrotermais. É encontrada principalmente em formações geológicas associadas a zeólitas e outros minerais de origem vulcânica.

A Cavansita e a Pentagonita são minerais quimicamente idênticos, mas apresentam diferenças notáveis em sua estrutura cristalina, raridade e apresentação visual.

Cavansita:

  • Cristaliza no sistema monoclínico.
  • Forma aglomerados mais compactos, muitas vezes com cristais em forma de esferas ou pequenos grupos radiantes.
  • Embora rara, é relativamente mais comum que a Pentagonita.

Pentagonita:

  • Cristaliza no sistema ortorrômbico.
  • Apresenta cristais alongados e agulhados, frequentemente formando estruturas delicadas e espetaculares que podem parecer estrelas ou arranjos radiais complexos.
  • Extremamente rara e encontrada em menores quantidades.
  • A fragilidade de suas formações também a torna mais difícil de extrair intacta.

Elbaíta Turmalina Verde incrustrada no Citrino natural

A combinação de Turmalina Verde incrustada em Citrino é uma formação mineralógica excepcionalmente rara. O exemplar de nossa coleção é proveniente do pegmatito Seridozinho, localizado em Tenório, na região do Seridó, estado da Paraíba, Brasil.

O pegmatito Seridozinho faz parte da Província Pegmatítica do Seridó, uma região rica em pegmatitos graníticos que abrigam uma diversidade significativa de minerais. Está situado a uma altitude de 553 metros no município de Tenório, Paraíba. Este pegmatito é explorado por meio de duas cavas a céu aberto, com aproximadamente 250 metros e 80 metros de comprimento e entre 30 a 70 metros de largura, alinhadas na direção nordeste-sudoeste, compondo o setor conhecido como Mina Velha 1. Em 1943, esta mina produziu quantidades consideráveis de minerais, incluindo 12 toneladas de tantalita, 42 toneladas de cassiterita, 65 toneladas de berilo e 325 toneladas de espodumênio.

A Elbaíta uma espécie mineral do grupo das Turmalinas, caracterizada por sua composição química: Na(Li₁.₅Al₁.₅)Al₆Si₆O₁₈(BO₃)₃(OH)₄. Trata-se de um ciclosilicato de anéis de seis membros, contendo sódio, lítio, alumínio, boro e silício em sua estrutura. Aqui temos a Elbaíat Verdelita, que apresenta-se como cristais prismáticos de coloração verde intensa, com brilho vítreo e excelente transparência.

A Elbaíta forma-se predominantemente em pegmatitos graníticos, ambientes ricos em elementos como lítio e boro, essenciais para sua cristalização. Também pode ocorrer em rochas metamórficas e em veios hidrotermais de alta temperatura. Foi inicialmente descrita na ilha de Elba, Itália, em 1913, identificada em outras localidades ao redor do mundo, incluindo o Brasil, que é um dos principais produtores dessa Turmalina.

A ocorrência de Turmalina Verde incrustada em Citrino é extremamente rara, tornando este exemplar particularmente valioso para colecionadores e estudiosos da mineralogia. A combinação das energias atribuídas a esses minerais sugere uma sinergia entre a vitalidade e a prosperidade (Citrino) com a cura e a proteção (Turmalina Verde).

Mordenita com Estilbita Laranja

Este exemplar impressionante de Mordenita com Estilbita laranja foi encontrado na região de Ahmednagar, no estado de Maharashtra, Índia. Ahmednagar, assim como Jalgaon, faz parte das formações basálticas das Traps do Decã, conhecidas por sua incrível diversidade mineralógica e cavidades geológicas únicas, onde minerais zeolíticos se formam em perfeitas condições naturais.

Aspectos Notáveis

  • Mordenita: Os cristais aciculares delicados estão dispostos em formações esféricas radiantes, de cor branca ou creme, criando um contraste harmonioso com a base mais colorida da Estilbita. A Mordenita é uma zeólita rara, valorizada por sua textura refinada e formação perfeita.
  • Estilbita Laranja: Apresenta cristais tabulares brilhantes, com tonalidades de laranja que vão de suaves a intensas, resultado de traços de ferro em sua composição. Os cristais estão organizados em feixes, formando uma base firme que dá suporte às delicadas esferas de Mordenita.

Ahmednagar é uma das principais localidades em Maharashtra para a descoberta de zeólitas excepcionais. As cavidades das rochas basálticas, formadas durante atividades vulcânicas antigas, foram preenchidas com soluções hidrotermais que carregavam os elementos químicos necessários para o crescimento dos minerais. A combinação de Mordenita e Estilbita laranja é um fenômeno raro, exigindo um alinhamento perfeito de condições químicas e físicas.

Exemplares de Mordenita com Estilbita laranja de Ahmednagar são altamente valorizados por colecionadores devido à sua raridade e qualidade superior. A tonalidade vibrante da Estilbita e a delicadeza da Mordenita criam uma composição esteticamente marcante. Além disso, a presença de cores intensas na Estilbita é um diferencial que aumenta seu apelo visual e científico.

Prehnita em formação derivada da Apofilita

Este exemplar fascinante de Prehnita provém do Distrito de Jalgaon, Maharashtra, Índia, uma região mundialmente reconhecida por suas formações minerais extraordinárias. Jalgaon, localizada nas Traps do Decã, é o lar de cavidades basálticas que dão origem a minerais de alta qualidade e beleza, tornando-a um centro de grande interesse para colecionadores e pesquisadores da mineralogia.

A região de Jalgaon é famosa por suas cavidades minerais únicas. Estas cavidades, formadas por bolhas de gás nas lavas basálticas resfriadas, criaram o ambiente perfeito para o crescimento e a transformação de minerais. A Prehnita derivada da Apofilita encontrada aqui exibe uma tonalidade verde suave, muitas vezes translúcida, e uma textura botrioidal elegante.

Os cristais dessa região são conhecidos por sua clareza, perfeição geométrica e transições naturais que demonstram a complexidade do processo de formação mineral. Espécimes desse tipo são amplamente considerados entre os mais excepcionais do mundo devido à sua qualidade e singularidade.

A Prehnita derivada da Apofilita é um fenômeno raro e altamente valorizado na mineralogia. A transformação requer condições ambientais específicas e, portanto, não ocorre com frequência. Este exemplar, que preserva parcialmente a estrutura da Apofilita enquanto exibe as características visuais e químicas da Prehnita, é um testemunho da interação harmoniosa entre processos geológicos complexos.

Sua raridade aumenta o valor científico e estético, sendo uma peça desejada por colecionadores e museus ao redor do mundo. A combinação de cor, textura e história geológica faz deste mineral uma obra-prima natural.

Apofilita Indiana em raríssima formação com Pirita

Rara e espetacular combinação da Apofilita com Pirita. A Apofilita neste exemplar se destaca por seus cristais brilhantes e translúcidos, formando prismas bem definidos que refletem a luz com uma suavidade encantadora. Em contraste, cubos perfeitos de Pirita, com faces brilhantes e bordas afiadas, emergem das superfícies de Apofilita, criando um contraste fascinante entre a delicadeza dos cristais de silicato e a robustez metálica do sulfeto de ferro.

Encontrado em Narayangaon, uma pequena cidade ao norte de Pune, na Índia, este tesouro mineral foi extraído na década de 1980, durante as obras de construção da Barragem de Pimpalgaon Joge. O projeto, inaugurado em 1999 compõe cinco represas, visava controlar o fluxo do rio Kukadi e do rio Meena e garantir o abastecimento hídrico da região, durante as escavações nas rochas basálticas da área revelaram cavidades geológicas repletas de minerais raros, incluindo Apofilita, Escolecita e, em casos excepcionais, a rara associação com Pirita. Este exemplar é um produto direto dessas condições geológicas únicas, em que fluidos hidrotermais permitiram a cristalização simultânea de ambos os minerais. A descoberta desses minerais em Narayangaon atraiu a atenção de geólogos e colecionadores, tornando-se um ponto de interesse para estudos mineralógicos e para o comércio de espécimes minerais. A região continua a ser explorada por entusiastas em busca de exemplares únicos e de alta qualidade.

Narayangaon 1980

Aspectos Notáveis

  • Apofilita: Cristais prismáticos de alta clareza e brilho, com um toque de tonalidades suaves, característicos da mineralogia da região.
  • Pirita: Cubos perfeitamente formados, com brilho metálico intenso, posicionados naturalmente sobre os cristais de Apofilita.
  • Raridade: A formação simultânea desses dois minerais é um fenômeno geológico raro, aumentando ainda mais o seu valor.



A Apofilita é um mineral filossilicato que se forma principalmente em cavidades de rochas vulcânicas, como basaltos, em ambientes hidrotermais de baixa temperatura. É frequentemente associada a minerais do grupo das zeólitas, como a Estilbita e a Heulandita.

Por sua vez, a Pirita é um sulfeto de ferro que se forma em diversos ambientes geológicos, incluindo veios hidrotermais, rochas sedimentares e metamórficas.

A formação simultânea de Apofilita e Pirita requer condições geológicas extremamente específicas que permitam a coexistência de ambos os minerais.

Este exemplar é um marco na história da mineralogia da Índia, representando uma época em que grandes obras de infraestrutura revelaram riquezas escondidas nas profundezas da terra. Sua estética, aliada ao contexto histórico, faz dele uma peça indispensável para colecionadores de minerais raros e de relevância museológica. Um verdadeiro testemunho das forças naturais e do papel humano na descoberta de belezas ocultas.

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